segunda-feira, 6 de junho de 2011

“A CAÇA”


Seria o momento propicio para redigir? Chega a ser engraçada a forma com que começo esse texto: Numa manhã; sem a refeição diária; com sono; sem vontade de continuar e com uma vontade imensa. Um nó me atravessa a garganta, ao lembrar uma insinuação/afirmação direcionada a mim: “Você CAÇA pessoas”- Creiam que aqui, não tem absolutamente literatura alguma – é a pura verdade; é o sentimento puro; é o puro maldoso; é o desabafo.
Olhando o significado da única palavra que será escrita em tamanho grande ao decorrer do texto, a CAÇA se da através da perseguição de um animal a outro com intenção de abater. Seria eu, uma caçadora do bicho homem? Depois desse esclarecimento, me pus piamente a pensar: “Bom, isso não deve ser tão ruim, uma vez que, somos animais racionais (às vezes); vivendo em constante busca pela ‘sobrevivência’; abdicando as suas armas pra que o ‘alvo’ seja capturado por inteiro; matando pra morrer em conjunto – isto eu quero”.
Sabe o mais engraçado disso tudo? – Eu, que sempre fui “nem aí” para o que pensam de mim, me vejo nesse exato momento, a procurar saídas para uma possível explicação. Tenho a consciência de que a mesma, não fora e nem será dada.
- Meu Deus, como são controversos os meus pensamentos...
Odeio ter que admitir, mais a minha CAÇA acabou ‘escapando’ – levando com ela todas as minhas armas (embora não planejada, pois a ‘caçadora’ não estava em horário de ‘expediente’ – trocando em miúdos, não saí em busca de absolutamente nada.).
Bom, embora tenha a percepção desse todo, não acho um mal negocio investir nessa ‘profissão’ – você me olha com uma cara banal, fazendo com que implore um perdão, mesmo não tendo feito nada.
Minha escrita está começando a ficar confusa e sem coerência (pra vocês, claro...) – Temo em dizer tudo que sinto; temo em dizer tudo que acho; temo em não saber o que acho e o que sinto. “E agora Zé?”.
Gostaria de ser clara e objetiva, mais como? – aqui, estou saudosa de algo que nunca tive; Uma realidade nunca vivida – uma realidade que criei, querendo sem querer. Algo que não conquistei e desde já: Perdi.
Onde me encontro, jaz o meu cabelo, jaz a minha roupa, jaz meu violão, jaz a minha CAÇA, jaz as palavras.



(Tarcila Santana)

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