sábado, 27 de agosto de 2011

Questões + Coisas + Pessoas = (ou #) Sentimentos.


E essas lágrimas, são pelo mesmo motivo?
- SIM! Claro que sim! – Sinceramente, eu não entendo porque usamos a expressão “Não espere dos outros o mesmo que você dá!”, sendo que na verdade o que mais fazemos é cobrar aquilo que damos! – É um desejo indesejável de ter o amor na mesma proporção. Parece que o “eu te amo” não tem valia se não é dito da forma que queremos ouvir.
Sempre me ensinaram que para mudar de assunto se faz necessário colocar um ponto paragrafo e começar na outra linha. Cá estou – em um paragrafo isolado simplesmente pra dizer que, aqui, eu choro. Tão somente para expressar que nessas curvas retíssimas onde se encontram junções de vírgulas, exclamações e outros do gênero – há espaço pra inúmeras lagrimas que caem rapidamente sem se quer pedir lugar no texto.
Tenho pra mim que o grande problema é pensar demais... Pra que diabos eu ligo? Porque eu me importo? Porque fazer papel de besta, dramática, sensível, tendo a consciência de que só se é assim, naquele momento (com aquele ‘alguém’.)? Porque droga, questiono isso?
- Eternos círculos viciosos que no fim não passam de meros círculos. Voltas e voltas na órbita mais perfeita e irônica que conheço. E quando surge uma saída, eis a surpresa: A minha saída, na verdade, é a tua entrada. E o mundo fora de você, jaz vazio e sem graça.
(Pausa para um comentário: Não pensem que estou adorando escrever isso! Pouco importo se quebro o romantismo das palavras anteriores. De que vale os nossos planos “a dois”, quando se planeja sozinho?).
Eu realmente não entendo os motivos que levam um ser humano a prometer com todas as suas forças que ficará para sempre com outra pessoa. O que me irrita é saber que enquanto o meu coração acelera ao falar contigo, o teu, simplesmente bate apenas pela necessidade de pulsar sangue para te manter vivo.
E tantas coisas me incomodam...
E tantas coisas me tiram o sono...
Coisas X Pessoas.
Pessoas X Coisas.
Coisas-pessoas
Pessoas-coisas.



 Domingo, 28 de agosto de 2011 - 01:49hs
Tarcila Santana

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

ENQUANTO ESPERO O QUE NÃO VEM...


Passo a escrever para tentar amenizar a tristeza. O difícil é saber o que escrever.
Sendo sincera: Não me importo com a concordância. Se tu entende ou não – problema!. Escreverei aquilo que eu sentir. Isso. É isso.
APLAUSOS! PALMAS, PALMAS! – Comemorem! – como assim, “ao que’’?
- A minha casa. A nossa casa. A casa que é só minha ou só sua.
Ao copo, mesa, jarro, porta.
Ao cachorro que atravessa a rua.
Ao tapete na entrada da lanchonete, escrito “Bem vindo!”.
A mulher que entra no estabelecimento, segurando o celular, duvidosa da comida que quer saborear nesta noite.
Ao coração aflito (de novo e de novo).
Ao outro lado da folha em branco, que dá impressão de que nada foi escrito, mesmo estando quase no fim.
Ao casal ao lado que conversa sobre tecnologia (como os tempos mudaram...).
Ao carro preto que acelerou meus batimentos, por achar ser você.
A mente, consciente de que está perdendo o seu tempo ao escrever isso, e mesmo assim, continua.
Ao bêbado que dá ‘’boa noite’’ ao banco da praça.
Aos sonhos! O meu. O seu. O nosso – que penso ser nosso, quando na verdade, você sonha só.
A música que ouço várias vezes em sequencias repetitivas, tentado fazer com que eu, um dia, ao ouvi-la – o coração não pule.
As crianças brincando na praça, que por sinal, não existem – a não ser na minha pobre ilusão de complementar o texto.
Ao frio externo que faz a caneta tremer (literalmente).
Ao frio interno que faz tudo lá dentro, também tremer.
PALMAS, MINHA GENTE!
Palmas, aos palhaços! – A mim.
Palmas, aos bestas! – A mim.
Palmas, aos iludidos, aos que amam demais, aos que insistem demais, os que ‘tudo’ demais! – A mim, a mim, a mim.
Aplausos a essa besteira toda.




Tarcila Santana.
Noite de quinta-feira, 11 de agosto de 2011
(numa lanchonete, enquanto esperava sozinha a mesma pessoa.)

sábado, 6 de agosto de 2011

Ele insiste em me dominar...


Vai começar... Vai começar!
Coração, meu querido, o que tu queres dessa vez? – Eu sentei aqui para estudar e não para te dá ouvidos. O QUE É? – diga logo – estou com pressa!
(minutos depois...)
Então é assim, né? – você não vai dizer...
Certo.
FALA!
Sem assunto.
Porque esse aperto?
- Não pergunte! Cale-se.
Grita. Senta um pouquinho. Corre. Isso, isso – mais rápido!
Calma, respire...
Pede licença e atravessa. Passa por cima. Volte peça desculpas.
Chora mulher!
Agora, vai...
Venha cá! Não saia!
Escute. Atenção.
- Tape os ouvidos. Engole!
STOP! – olha o abismo – regresse. Se joga, moça! Voe...
Ei ! É muito alto – sobe no salto. Anda descalço.
Dá beijinho... Agora cuspa no chão.
Fecha a porta e a janela – liga a luz. Desliga!
Atende ao telefone, seja cordial.
Vai ficar ouvindo desaforo, é? – Bate na cara sem dizer “adeus”!
NÃO FAÇA ISSO! – Pode ser o amor da sua vida, abre já essa porta!
Fecha de novo. I daí? – outros virão.
Cores neutras, por favor. Alface e muito legume. Pede a conta.
Te amo.
Pois é, acabou. Não gosto mais de você. Simples assim.
Essa parede vai ser colorida. – certo, traga chocolate pra mim também. Com recheio, tá? Obrigada.
Reticências...
O que foi agora? – me esquece! Não vou. ‘A pressa é inimiga da perfeição’.
- droga, tô atrasada.
Falei com você? Te perguntei alguma coisa? Achou ruim, faça!
Êpaaaaaa! Cadê sua educação? Foi assim que mamãe ensinou? – nã nã ni nã não!
Sonha. Realiza.
Acorda– vai trabalhar!
Desça do muro! Olha o cachorro! – SOBE!
Cansou?
Dorme.
- LEVANTA! – Bom dia...
Recomeça!
Satisfeito?
Agora vou cuidar na vida, coração...
Fica aí quietinho. Obedeça. Não quero ouvir um “piu”.
- (PIU).


Tarcila Santana
Sábado, 06 de agosto de 2011.
(era pra eu ter estudado História, mas...)