domingo, 24 de julho de 2011

Ele: ELEELA. Ela: Ela e Ele.

Ele: abria a porta do carro, porque adorava o sorriso no canto da boca dela – ele a amava. 

Ela: achava ele um moço cavalheiro.

Ele: enviava-lhe flores, porque a sua voz dizendo “obrigada” ao telefone, era a mais bela de todas – ele a amava.

Ela: achava ele um moço gentil.

Ele: ligava todos os dias para saber como ela estava, porque não havia nada que o deixasse tão feliz do que saber que ela estava bem – ele a amava.

Ela: achava ele um moço atencioso.

Ele: ouvia musicas, lia livros, porque adorava a cara de surpresa dela ao dizer “ah... esse é ótimo, eu também li.” – ele a amava.

Ela: achava ele um moço culto.

Ele: estudava sem parar, porque não pensava em outra coisa a não ser ter um emprego, afinal, como ela ficava maravilhosa ao ver o seu esforço – ele a amava.

Ela: achava ele um moço determinado.

Ele: ele, movia céus e terra pra assistir um filme com ela, porque adorava o seu olhar vibrante na televisão – ele a amava.

Ela: achava ele um moço de boa companhia.

Ele: sempre marcava programas românticos com ela, porque ele era simplesmente apaixonado pela forma com que ela se vestia pra sair com ele – ele a amava.

Ela: achava ele um moço de bom gosto pra programas.

Ele: sempre a ouvia em tudo, até que um dia ela confessou que estava gostando de um cara que não dava a mínima pra ela. – chorou, desabafou – e ele ali. Deu colo, ombro, consolo – ele a amava.

Ela: achava ele um moço compreensivo. 

Ele: um dia cansou! Arrumou um emprego e foi embora.

Ela: não entendia porque ele havia feito isso, pois dissera uma vez que estaria sempre ao seu lado, afinal: era uma amizade tão bonita...



Domingo, 24 de julho de 2011 - ás 6:30hs da manhã 
(pois é, tive que levantar para escrever ou não conseguiria voltar a dormir ...)

Tarcila Santana.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Porque nesse texto, sou tão calma...


Sábado, 23 de julho de 2011; 01h51min da manhã – É só o que tenho em mente para escrever nessas folhas em branco que parecem ser infinitas. Hoje não fui tomada pela fúria de outrora – estou mais calma do que nunca – sei lá, o porquê de estar aqui.
Se é bom ou ruim, eu já não sei. Alguém dotado de olhar poético pra quase tudo, deve ter alguma utilidade. Talvez sim, ou não.
Pronto! Eis que surge um exemplo claríssimo: Neste exato momento, acabo de ser questionada pela pessoa que me fez parar e escrever, da seguinte forma “Hum... Inspirada?” – Como responder a essa pergunta, se nunca entendi o real sentido da inspiração? Crio leves pausas em minha fala, levanto, ando, bebo agua e olho sua foto. Verdadeiramente, tenho pra mim que é justamente o ‘nada’ que me atrai. Quem seria você, menina – ousada, que me faz escrever nas madrugadas? Quem? Quando? Por quê? – Não são questões, são sentimentos.
Teu cabelo grande e escuro. Teus olhos. Tua mão. Tua cor. Teu caminhar. Tua voz. Teu sinal na parte direita do rosto. Quando penso que nada posso escrever, lá vem você... Com seu sorriso.
Impressiona a forma com que me encanto, impressiona a forma com que tu encantas – O impressionante mesmo é a tempestade que se forma em mim por não saber de onde veio tanta chuva!
Seria medo?
Sem argumentos. Bom, acho que tenho medo de parar de sentir isso – me faz tão bem.
Aquele abraço sem aperto me serve de moldura. Cobre, aquieta – por mais que seja um instante. Aquela coisa tão fofa, boa. E se chegar a doer um dia, será uma dor gostosa de doer. E se passar a fase do encanto inicial, saberei conviver com a comodidade do gostar.
Frequentemente, freneticamente, isoladamente, sutilmente, mente, MENTE. Sempre digo: “ÊPA! Vá devagar mocinha...” – Até parece que coração tem rédeas. Pior, que minha voz fica baixinha, fininha... Chuva, trovão, tempestade, emoção. Esqueça que vai embora um dia.
Sabe o famoso “cheiro no ar”? – Pois bem! – É todo seu.
Tá! Falei, falei e não falei. E eu? O que sou nisso tudo? – Bom, francamente não sei. E pra ser sincero: não quero saber. Ela me faz sorrir – Tá bom demais pra mim.




 PS: O titulo não tem nada a ver com o texto.

Sábado, 23 de julho de 2011; 03h06min da manhã.
Tarcila Santana.
Texto à Renata Francielle.
Selinho recebido por mim, com enorme gratidão. Obrigada! 
 
Obrigada 'Pequenas Epifanias' pelo seu carinho! Adorei o selo!

1. Link de quem te indicou: http://pequenasepifaniaseoutrosdevaneios.blogspot.com
2. Qual seu maior sonho? Pra falar a verdade, não tenho um "maior sonho". Sim, tenho sonhos - mas, todos são na mesma dimensão e profundidade... Claro, com finalidades diferentes, mais nenhum é maior que o outro.

3. O que te faz sorrir?   Minha familia, meus amigos, (Renata Francielle, Ludmilla Rêgo, Havila Oliveira... Dentre outros.. rs - Não poderia deixar de cita-lás) - A arte, a palavra, a fotografia.
4. Conhece o blog  http://pequenasepifaniaseoutrosdevaneios.blogspot.com ? Sim sou seguidora e adoro todos os textos.

5. Diga o que acha sobre o blog que te enviou o selo: MUITO BOM! ÓTIMO! ADORO! É dotado de uma poesia incrível. Sou uma eterna fã.

6. Indique aos blogs que fazem um sorriso nascer em seu rosto, toda vez que você olha:
 
Vaninha Leite: http://vaninhaleite.blogspot.com/
Nalimar Freire:  http://centoedezquilometros.blogspot.com/ 
Graziela Benevides: http://grazielabenevides.blogspot.com/
Antonio Pablo: http://pabloantoniobass.blogspot.com/



 

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Ai ai ...

Essa noite eu me dei conta do quanto me dói à consciência de tudo resumido em nada. Olho para esquerda e vejo dois livros; olho para direita, vejo 1 violão; Atrás, tem  travesseiros e cobertores e na minha frente... Na minha frente, tenho a duvida de quem sou.
Não pense que estou no auge de uma crise existencial – digamos que a questão de existência é bem relativa.
(Por favor, não estranhem à forma com que mudo de assunto... Afinal, sou isso aqui. Essa confusão.).
Meu café preto reflete minha doce boca amarga. Amargura que de tão doce, se faz bela e boa de doer. Porque o que é real, já não se faz tão presente (ou seria o que é presente não se faz tão real? – Ah! Não sei.).
É, desisto de tentar escrever um texto pautado em uma só causa. Desculpa – hoje não dá. Ou é assim, ou não é.
Meu coração é a parte mais mal educada de mim. Se intromete onde não é chamado; Bate a porta na cara de quem o procura; Toma conta dos meus dedos e escreve o que lhe convém; sai por aí distribuindo amor a quem não deve. Paga demais e recebe de menos – é um ‘fuá’!
Aqui abro um parêntese. (Nossa,  por um momento temi não saber passar o que estou sentido. Parei por alguns minutos, bebi uma agua, abria a janela e olhei a lua – Vi que ela não estava inteira, e cheguei à conclusão de que não é isso que realmente importa. Se ela não está completa, sabemos que é uma de suas ‘fases’. Porque seria diferente comigo? Lá estava, toda majestosa, é certo que faltosa de um pedaço, mais mesmo assim, bela! E só pra completar – A ‘rainha’/estrela maior, não precisou dizer nada para que eu soubesse que bastaria ver para sentir que mesmo estando sozinha, milhares de seres como eu, estariam na mesma janela, tentando entender a mesma vida que se passa.) Fecho aqui o parêntese.
Olho novamente ao meu redor. Agora consigo ver ao lado dos livros, uma caneta; Perto do violão, uma sandália confortável; Atrás, junto aos travesseiros e cobertores – um espelho, e na minha frente, continuo duvidosa de quem sou, e esta, me acompanhará durante todos os meus dias.



(Sei lá o que foi isso.)
Tarcila  Santana
4 de Julho de 2011