quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Perdão

A lua que um dia te dei, peço que devolva.
O abraço que diante dela,
uma vez prometi, peço que esqueça.
A vida que não é sua, por favor, queime e amasse.
E... Peço-te perdão, amada.
- Que neste deitar, tu apagues da memória
as coisas que me fizestes prometer.
- Que no levantar, tu perdoe
as vezes que atrasei o relógio só em meu favor.
Pelo poema que não escrevi,
pela palavra que não fora dita,
pelo elogio, como sempre, sufocado.
Peço-te perdão, amada
por não saber o que dizer
diante dos teus pés que caminham poesia,
de tua boca que canta versos livres,
e dos teus olhos que brilham luz que nunca vi.







Tarcila Santana, 27/10/2011

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