quinta-feira, 11 de agosto de 2011

ENQUANTO ESPERO O QUE NÃO VEM...


Passo a escrever para tentar amenizar a tristeza. O difícil é saber o que escrever.
Sendo sincera: Não me importo com a concordância. Se tu entende ou não – problema!. Escreverei aquilo que eu sentir. Isso. É isso.
APLAUSOS! PALMAS, PALMAS! – Comemorem! – como assim, “ao que’’?
- A minha casa. A nossa casa. A casa que é só minha ou só sua.
Ao copo, mesa, jarro, porta.
Ao cachorro que atravessa a rua.
Ao tapete na entrada da lanchonete, escrito “Bem vindo!”.
A mulher que entra no estabelecimento, segurando o celular, duvidosa da comida que quer saborear nesta noite.
Ao coração aflito (de novo e de novo).
Ao outro lado da folha em branco, que dá impressão de que nada foi escrito, mesmo estando quase no fim.
Ao casal ao lado que conversa sobre tecnologia (como os tempos mudaram...).
Ao carro preto que acelerou meus batimentos, por achar ser você.
A mente, consciente de que está perdendo o seu tempo ao escrever isso, e mesmo assim, continua.
Ao bêbado que dá ‘’boa noite’’ ao banco da praça.
Aos sonhos! O meu. O seu. O nosso – que penso ser nosso, quando na verdade, você sonha só.
A música que ouço várias vezes em sequencias repetitivas, tentado fazer com que eu, um dia, ao ouvi-la – o coração não pule.
As crianças brincando na praça, que por sinal, não existem – a não ser na minha pobre ilusão de complementar o texto.
Ao frio externo que faz a caneta tremer (literalmente).
Ao frio interno que faz tudo lá dentro, também tremer.
PALMAS, MINHA GENTE!
Palmas, aos palhaços! – A mim.
Palmas, aos bestas! – A mim.
Palmas, aos iludidos, aos que amam demais, aos que insistem demais, os que ‘tudo’ demais! – A mim, a mim, a mim.
Aplausos a essa besteira toda.




Tarcila Santana.
Noite de quinta-feira, 11 de agosto de 2011
(numa lanchonete, enquanto esperava sozinha a mesma pessoa.)

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