sábado, 14 de abril de 2012

Não mais


Eu, que dizia só teu nome;
que por vezes passei fome
de palavras sufocadas...

Eu, que nasci por um acaso
de amor mal enfeitado
daquele domingo normal...

Eu, que de ti tudo queria,
não mais tenho simetrias
nessa louca matemática.

Eu, que não vejo mais vermelho;
que não sinto teus colores
ou um gesto casual.

-“Não” aos teus lençóis azuis
que saldavam a manhã
encobrindo a luz do sol.

-“Não” a tua cara de "me ame";
as tuas saias coloridas
e mentiras bem contadas!

Eu, que de ti tudo queria,
sem preces e agonia,
hoje não te quero mais.


Tarcila Santana

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