sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Para passar o tempo



Eu via um único farol ao longe. Passou rápido como de costume. Deixou lembranças duvidosas de que aquilo realmente tinha acontecido.
Uma senhora anda devagar com um livro nas mãos e distribui “boa noite”.
O cachorro vem de cabeça baixa e rabo entre as pernas.
O homem na bicicleta equilibra seu filho e sua vida na garupa.
Uma criança malcriada, solta a mão de sua mãe e atravessa a rua para pegar a bola que, num descuido, havia caído.
Eu espero meu sono chegar. Tão devagar. Tão cansativo. E nada me faz falar de amor. 



Tarcila Santana

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