Eu via um único farol ao longe. Passou rápido como de costume. Deixou lembranças duvidosas de que aquilo realmente tinha acontecido.
Uma senhora anda devagar com um livro nas mãos e distribui “boa noite”.
O cachorro vem de cabeça baixa e rabo entre as pernas.
O homem na bicicleta equilibra seu filho e sua vida na garupa.
Uma criança malcriada, solta a mão de sua mãe e atravessa a rua para pegar a bola que, num descuido, havia caído.
Eu espero meu sono chegar. Tão devagar. Tão cansativo. E nada me faz falar de amor.
Tarcila Santana
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