sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Poema sem amor

Eu não quero  poemas de amor,
e nem meus óculos sujo de lágrimas.

Não te quero. Não quero a você.
Não quero a mim, por te querer
nas querências mais vermelhas que há.

No olhar que, hoje, não quero falar;
no falar que falei que não falaria e falo.

(- e trava o nó que não desata
e desata quando não há nó.)

Nada de belos poemas,
corações doloridos
e bocas entreabertas.

Eu não quero  poemas de amor,
e nem meus óculos sujo de lágrimas.

- Traga-me água com gelo,
Se não tiver, traga-me vice-versa.

E nem meus óculos sujo de lágrimas.

Não me deixe assim,
nesse negócio de passar de fase,
sendo que a minha fase é de uma fase só,
costurada e  remendada na colcha
de retalhos de minha vó,
e não há lençóis finos e meios termos.

Eu não quero poemas de amor.

Não! Não quero seus versos de cor vermelho-rubi.
Sua família de sangue azul que me cansa.
Teu pai, tua mãe, tua roupa que nunca suja,
que nunca repete, que nunca é trocada.

E nem meus óculos ... e nem...

E só não te peço que me largue,
porque tornaria isso, um amor de poema.           
Falo da sujeira, mas não falo disso ai.

É poema que repete poema
que repete amor, que repete não.
Não querer, não de negativo.

Um poema da lágrima 
que banhou meus óculos
por amar não falar de amor.

.... e nem meus poemas.
Poemas sujos...
amor de lagrimas...
óculos...
não quero os meus ...

Um comentário:

  1. u não quero poemas de amor,
    e nem meus óculos sujo de lágrimas.


    lindo lindo


    bjao divulga mais moça

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